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O que fazer com a bagunça da mídia

editorial
2 de Setembro de 2002

PPeriodicamente, fizemos recomendações sobre o que pode ser feito para resolver a confusão que é hoje a mídia noticiosa dos EUA. Nesse espírito, aqui está outra sugestão: um canal de televisão que dedica uma grande parte da sua programação diária à cobertura do que os potenciais candidatos presidenciais democratas estão a dizer e a fazer.

Atualmente, quase todas as palavras pronunciadas por George W. Bush – por mais repetitivas que sejam – são transmitidas ao vivo pelos principais canais de TV a cabo, como CNN, MSNBC, Fox News e C-SPAN. Também é dada muita atenção aos discursos do vice-presidente Dick Cheney e de outros responsáveis ​​da administração Bush.

No entanto, o homem que obteve mais votos nas eleições de 2000, Al Gore, raramente consegue apresentar a sua posição directamente ao povo americano. Na verdade, a maior parte do que o público ouve sobre os discursos de Gore é filtrado pela hostilidade e pelo ridículo dos comentadores de notícias televisivas por cabo e de outros especialistas. Não querendo admitir o quão injusta foi a sua cobertura de Gore em 2000, esses falantes bem pagos estão retomando de onde pararam - e o povo americano não tem nenhum canal de TV a quem recorrer em busca de alívio, com a possível exceção do Comedy Central. O programa diário."

Além do apagão virtual dos discursos de Gore, o público recebe apenas trechos ocasionais de talk shows de outros potenciais candidatos democratas – como o senador John Kerry, o senador John Edwards, o senador Tom Daschle, a senadora Hillary Clinton, a senadora Joe Lieberman e o governador Howard Dean. O povo americano também raramente ouve falar do ex-presidente Clinton.

Para nivelar um pouco o campo de jogo político, não faz sentido criar um canal de televisão que cubra o que estes políticos estão a fazer e a dizer? Esta estação de televisão – que poderia ser distribuída via satélite, cabo digital, Internet e possivelmente outros meios – teria câmaras a seguir Gore e outros líderes políticos democratas à medida que avançavam pelo país. A estação também poderia relatar outras notícias e eventos que recebem pouca atenção na atual mídia americana.

Ao mesmo tempo que permite ao povo americano ouvir o que os Democratas dizem, a existência de uma tal estação pressionaria os contendores para que interviessem de forma mais decisiva nas questões que o país e o mundo enfrentam. Com efeito, os Democratas teriam de aguçar as suas mensagens políticas ou correriam o risco de perder a atenção dos telespectadores.

A história da competição política democrata também poderia contribuir para um reality show atraente. O estilo jornalístico das transmissões poderia ser como o documentário “Boiler Room”, com reportagens sobre manobras nos bastidores, bem como sobre aparições públicas. A estação poderia tornar-se uma televisão “imperdível” para pessoas interessadas no processo político, desde a Main Street USA até ao corredor de poder da K Street em Washington.

Com uma audiência crescente, a emissora também pode ser atraente para os anunciantes. 

O truque, como sempre, é encontrar pessoas com recursos que possam transformar ideias em realidade. Enviamos esta proposta para algumas pessoas, mas até agora sem muita sorte. Portanto, pedimos aos leitores que enviem este plano a qualquer pessoa que conheçam e que possa fazer a diferença. Relate-nos qualquer progresso.

Respostas ou comentários podem ser enviados para [email protegido]

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