Depois de um histórico de intimidação e humilhação dos EUA — desde uma promessa quebrada de não expandir a OTAN até a mentira sobre Minsk — não se pode presumir que Moscou esteja blefando quando alerta sobre uma guerra nuclear.
Devido às suas avaliações grosseiramente imprecisas do presidente russo e do seu país, os “Sussurradores de Putin” no Ocidente têm sangue ucraniano nas mãos.
Os ficheiros desclassificados mostram como o presidente da Rússia, durante a década de 1990, disse repetidamente aos seus homólogos ocidentais que “não era contra” a expansão da aliança militar, relata Matt Kennard. Ele até elaborou um acordo para trazer o povo russo para o lado.
Uma peça sombria de propaganda do Washington Post que se prepara para uma Ucrânia do pós-guerra e totalmente neoliberalizada deixa os leitores precisamente onde Jeff Bezos os desejaria, escreve Patrick Lawrence.
Há uma qualidade quase trágica de Shakespeare no período no poder do falecido líder soviético entre 1985 e 90, escreve Tony Kevin. Mas os historiadores russos do futuro podem ter motivos para tratá-lo com gentileza.
Não se pode drenar e empobrecer a nação para alimentar uma máquina militar insaciável, a menos que se faça com que o seu povo tenha medo, mesmo de fantasmas.
Quando o governo russo decidiu que a integração com a Europa e os EUA não era possível, o Ocidente começou a retratar Putin como diabólico, escreve Vijay Prashad.
A formação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e o rearmamento da Alemanha confirmaram que, para os Estados Unidos, a guerra na Europa não estava totalmente terminada. Ainda não é.